Estado prevê aumento de casos e internações, mas defende liberação do comércio
Data de Publicação: 27 de abril de 2020 13:59:00 Estado já tem rombo de R$ 157 milhões desde início da quarentena
ALLAN MESQUITA /FOLHA MAX
Assessoria |
O secretário de Estado e Saúde, Gilberto Figueiredo, demonstrou durante a live desta segunda-feira (27), que vê com preocupação os impactos que a flexibilização das medidas de combate ao Covid-19 no Estado. De acordo com o secretário, o aumento do fluxo de circulação de pessoas nas ruas e comércio pode influenciar diretamente no aumento dos casos do Covid-19.
“Vejo com preocupação, toda flexibilização vai promover uma maior circulação de pessoas, o transportador dos vírus são as pessoas. Então, com certeza, nós teremos um crescimento no número de casos e infelizmente nós teremos o maior número de pessoas necessitando do atendimento hospitalar”, disse.
Durante a transmissão, o secretário respondeu perguntas da imprensa e trouxe um levantamento da situação pandêmica no território mato-grossense.
Atualmente Mato Grosso já registra 250 casos confirmados doença, com 9 óbitos em todo Estado. Dos 94 estão em isolamento domiciliar e 129 estão recuperados. Há ainda 18 pacientes hospitalizados, sendo 12 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e seis em enfermaria.
“Já que não é possível segurar o isolamento por muito tempo de forma rígida, a fleixibilização a que seja de certa forma necessária por aspectos econômicos, vai aumentar o número de casos e vai aumentar a demanda para o atendimento hospitalar”, finalizou.
Na semana passada, o governador Mauro Mendes (DEM) “afrouxou” várias medidas de isolamento e fez um apelo para que os prefeitos não adotassem restrições ao funcionamento comercial, na tentativa de minimizar os impactos econômicos causados ao setor público e privado. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso, o estado já sofre com rombo de R$ 157 milhões nas arrecadações tributárias.
No documento, o governo ressaltou que, enquanto a ocupação dos leitos de UTI da rede pública for inferior a 60% fica vedada a recomendação de medidas restritivas, como fechamento de lojas, por exemplo, para os municípios.
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