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Índios Xavante fazem curso do Senar para trabalhar na agricultura

Índios Xavante fazem curso do Senar para trabalhar na agricultura

A miséria ameaça o futuro do povo Xavante, mas eles estão lutando para mudar o cenário para si e para as próximas gerações

Pedro Silvestre, de Poxoréu (MT) / Canal Rural

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) capacitou 15 índios da etnia Xavante para operação de tratores. Buscar conhecimento para trabalhar na agricultura foi o primeiro passos dos indígenas para mudar o cenário de miséria e fome, que tem castigando aldeias no sudeste de Mato Grosso.

O jovem Mauro Jacinto, de 19 anos, gostou da experiência. Ele concluiu o ensino médio e sonha em fazer agronomia, para ajudar toda a reserva Sangradouro. “Para mim, é um grande caminho esse em que estou entrando. Vai agregar renda a minha comunidade”, diz.

Clever Cunico, instrutor de Operação de Máquinas do Senar-MT, está trabalhando pela primeira vez com o povo indígena e está bastante surpreso. “Eles fazem perguntas e estão realmente interessados em aprender”, afirma.

 

Índios de Mato Grosso fazem curso do Senar para trabalhar na agricultura

Índios Xavante se reúnem para aprender a dirigir tratores. Foto: Pedro Silvestre
 

Índios de Mato Grosso fazem curso do Senar para trabalhar na agricultura

Clever Cunico, instrutor de Operação de Máquinas do Senar-MT, ensina indígena. Foto: Pedro Silvestre
 

A entidade já tem mapeados outros cursos, segundo a mobilizadora Márcia Gonçalves. “Teremos uma tapa de colheitadeiras de grãos, manutenção e como colher. Também vamos ter um curso de semeadura com a plantadeira”, conta.

Dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que só Mato Grosso possui 43 etnias indígenas e algumas delas já se destacam pela produção agrícola em larga escala. Os Xavante estão dispostos a seguir esse caminho na tentativa de fugir da miséria e construir um futuro diferente para as próximas gerações. “Nossa expectativa é que possamos produzir, vender e juntar os recursos necessários”, conta o professor Osvaldo Buruwé Marãdzuho.

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