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Caminhoneiro que morreu com Covid-19 dizia que doença era “politicagem”

Caminhoneiro que morreu com Covid-19 dizia que doença era “politicagem”

Data de Publicação: 23 de junho de 2020 17:59:00

Por: KHAYO RIBEIRO / HNT

Reprodução

 Antônio Márcio

O caminhoneiro Antônio Márcio, 32 anos, que morreu na última quarta-feira (17) após ser infectado pela Covid-19, o coronavírus, não acreditava na doença, segundo relato de sua mãe. Para a vítima, a pandemia não passaria de “politicagem”.

Segundo relato de Nadir Bueno, mãe da vítima, o caminhoneiro negava a existência do vírus. Durante entrevista do MT1, da TV Centro América, a mulher relembrou os conselhos repassados ao filho.

“[Ele] não acreditava. E ele passou muito mal. A gente foi buscar ele em Rondônia, em Vilhena. E trouxe ele. Ele ficou 22 dias no Pronto-Socorro e no Metropolitano e na quarta-feira à noite ele faleceu, não resistiu. Meu filho único”, contou Nadir Bueno.

“Ele era caminhoneiro, tinha 32 anos e cinco meses e não acreditava na covid. Ele falava que não existia Covid: ‘Não existe Covid, mãe, é politicagem’. Eu falava ‘não é, meu filho. Cuidado, nenhum político vai fazer uma coisa dessas’. Porém, ele não acreditava”, acrescentou a mãe.

Dados do boletim epidemiológico divulgado pela secretaria de Estado de Saúde (SES) na última quarta-feira apontam que até aquela data Mato Grosso já havia registrado mais de 7,3 mil casos de contágio pela doença.

Além disso, segundo a pasta, 272 mortes já haviam sido confirmadas no estado por conta da Covid-19, das quais 22 foram registradas apenas no intervalo de 24 horas anteriores à publicação do boletim.

Segundo o boletim divulgado pela SES na noite de segunda-feira (22), menos de uma semana após a morte do caminhoneiro, Mato Grosso já havia ultrapassado a casa dos 10,2 mil casos de contágio. Quando consideradas as mortes pela doença, o estado já se aproxima das 400 ocorrências.

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