Colombianos gerenciavam cobrança de agiotagem a lojistas de Cuiabá por aplicativo
O grupo de seis Colombianos foi preso em flagrante, esta semana, por realizar serviço ilegal de empréstimos com juros para lojistas da região central de Cuiabá.
RAUL BRADOCK |
RepórterMT/Reprodução
Aplicativo gerenciava quanto de valores de agiotagem eles tinham para receber. R$ 20 mil foram apreendidos.
O grupo de seis colombianos, preso na última semana ao ser flagrado cometendo agiotagem na região central de Cuiabá, usava um aplicativo para celulares, desenvolvido para monitorar as dívidas diárias que tinham que receber. As vítimas eram principalmente lojistas da Capital.
Um militar da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) afirmou ao RepórterMT, que todos os seis tinham o aplicativo no celular e o sistema era todo em espanhol, “desenvolvido por eles mesmos”.
A situação demonstra o quanto o grupo criminoso estava bem estruturado em Cuiabá. No dia da prisão, na última segunda-feira (20), por exemplo, a Rotam apreendeu joias e cerca de R$ 20 mil em dinheiro. Parte dos valores estava escondida no lixo da cozinha do líder do esquema, misturado com restos de alimentos.
O bando foi solto pela Justiça um dia após a prisão, por não representar risco à sociedade, conforme o juiz responsável. Os acusados, porém, tiveram os passaportes recolhidos para análise. Conforme a Rotam, todos estavam irregulares no Brasil.
Caso análise dos passaportes constate irregularidades, a Polícia Federal (PF) será acionada para deportação dos colombianos
O caso
De acordo com o boletim de ocorrência, o crime foi descoberto após os policiais da Rotam notarem nervosismo de dois homens, que estavam no Calçadão Galdino Pimentel. Ao serem abordados, com grande quantia em dinheiro, eles confessaram que eram agiotas e trabalhavam cobrando lojistas da região.
Eles também indicaram que foram trazidos da Colômbia para trabalhar para Juan Camilo. O líder morava no condomínio Chapada dos Bandeirantes, no bairro Jordão. No local foram encontrados, dentro do lixo da cozinha, correntes de ouro, relógios e dinheiro. O material estava misturado em meio a restos de alimentos.
Os outros colombianos foram localizados em um condomínio na região do Coxipó. Eles afirmaram que Juan Camilo os trazia da Colômbia e os deixava hospedados no apartamento recebendo R$ 500 por semana, para atuarem como agiotas em Cuiabá.
No local, foi descoberto que todos estavam em situação migratória irregular no Brasil. Eles também afirmaram que o mesmo sistema de agiotagem é feito por colombianos em outras capitais do país.
Todos receberam voz de prisão e foram encaminhados para a Central de Flagrantes, onde o caso foi registrado.
Seja o primeiro a comentar!
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Envie seu comentário preenchendo os campos abaixo
Nome
|
E-mail
|
Localização
|
|
Comentário
|
|