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Defesa alega que vigilante acusado de matar porteira em condomínio de luxo em MT tem problemas mentais

Defesa alega que vigilante acusado de matar porteira em condomínio de luxo em MT tem problemas mentais

Data de Publicação: 16 de janeiro de 2020 15:20:00 Bruno de Lima Pereira de 27 anos está preso e deve ir a júri popular pela morte de Renecléia Aparecida Bispo, em Rondonópolis.

G1 MT

O advogado do vigilante Bruno, de 27 anos, acusado de matar a porteira Renecléia Aparecida Bispo, de 41 anos, alega à Justiça que ele sofre de problemas mentais. A defesa tenta provar que o acusado cometeu o crime por apresentar distúrbios psiquiátricos.

Na terça-feira (14) Bruno passou por audiência de instrução, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Ele deve ir a júri popular. Testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas, mas o réu não foi interrogado. A audiência durou cerca de duas horas.

Segundo o advogado, Bruno tem um histórico de problemas psiquiátricos desde 2013, quando sofreu um acidente de moto e tentava se tratar. Agora, a defesa deve indicar o endereço de algumas testemunhas faltantes e que tem cinco dias de prazo. E, então, o juiz deve marcar uma nova data.
“A defesa acredita que à época dos fatos ele estava com algum tipo de distúrbio psiquiátrico. A partir de uma ação de incidente de sanidade mental é que vamos tentar provar que ele não gozava de perfeitas faculdades à época”, contou o advogado.

Bruno está preso na Penitenciária Major Eldo Sá, mais conhecida como Mata Grande. O crime ocorreu no dia 24 de setembro de 2019 no momento em que o réu e a vítima estavam trabalhando no condomínio.

O suspeito foi preso dois dias após a morte da colega. Segundo a Polícia Civil, ele teria confessado o assassinato e dito que cometeu o homicídio por divergências no trabalho. No inquérito ele foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil.

No dia 26 de setembro de 2019, Bruno teve a prisão temporária convertida em preventiva após passar por audiência de custódia.


Segundo o juiz Wagner Plaza Machado Júnior, que analisou o caso, houve provas da materialidade e indícios de autoria, sendo necessária a prisão preventiva para a garantia da ordem pública decorrente da repercussão que o fato apresentou.

Ainda sobre o argumento do juiz, a prisão foi mantida por conta da crueldade promovida contra a vítima, bem como para garantir a execução da lei penal, já que o réu teria foragido, necessitando de complexas buscas, e que também ocultou as armas utilizadas no crime.


O caso

Testemunhas disseram que ele chegou de moto e, na portaria, teria sacado a arma e efetuado os disparos contra a vítima. Ela foi encaminhada para o Hospital Regional, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Ele trabalhava como vigilante, mas não estava de plantão no momento do crime.

Ainda segundo a polícia, ele abandonou a moto MT-270 após ser atingido por um carro e fugiu a pé pelo mato. Policiais federais, militares e civis fizeram buscas na área por várias horas, entretanto, não o encontraram naquele dia.

Em princípio, as investigações apontam que um desentendimento pode ter sido o motivo pelo qual o vigilante tenha matado a porteira.

Na época, à Polícia Civil apurou que o suspeito e a vítima não tinham nenhum outro tipo de relacionamento, a não ser profissional. Em razão do desentendimento no trabalho, ele teria feito seis disparos contra Renecléia.

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