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Já são cinco postos de saúde interditados pela vigilância, em Aragarças

Já são cinco postos de saúde interditados pela vigilância, em Aragarças

Data de Publicação: 18 de outubro de 2019 14:56:00 Unidades abrirão neste sábado apenas para realizar o Dia D de Vacinação contra o Sarampo

Kayc Alves
Da redação

Semana7

Subiram para cinco o número de postos de saúde interditados em Aragarças pela Vigilância Sanitária de Goiás. Até ontem, a notícia era de que duas unidades tinham sido fechadas em decorrência de problemas na estrutura física e falta de adequações. A prefeitura alega denúncia infundada do Ministério Público Estadual (MPE) e perseguição por parte de opositores.    

Foi confirmada, nesta sexta-feira (18), pela Assessoria de Comunicação da prefeitura de Aragarças a interdição das unidades 301, 304 e 305 do Programa de Saúde da Família (PSFs). Na quinta-feira (17), o prefeito reuniu a imprensa para comunicar que os postos 303 e 306 (a policlínica no setor Araguaia), haviam sido interditados.    

Apenas o PSF 302, do setor Ceará, está em funcionamento. Segundo a equipe do prefeito José Elias (PDT), neste sábado (19), a unidade 302 e as interditadas 304 e 305 reabrem apenas para realizar o Dia D de Vacinação, contra o Sarampo.    

Uma das preocupações era que o Hospital Municipal Getúlio Vargas, na mira da fiscalização, também fosse impedido de funcionar. Mas, de acordo com a assessoria da prefeitura, não houve tempo hábil para que a Vigilância Sanitária fizesse a fiscalização na unidade, visto que o órgão tinha apenas dois dias para realizar as ações no município.    

As ações da Vigilância Sanitária, ligada à Secretaria de Estado de Saúde de Goiás, deixou a administração municipal abalada e plantou mais um episódio na crise política em Aragarças. Em coletiva de imprensa na manhã de quinta, na recepção do hospital municipal, o prefeito José Elias e sua equipe falaram em perseguição política e atribuíram o fechamento das unidades à cobrança de um vereador de oposição no MPE.    

“Sabe qual a razão de tudo isso? É porque o prefeito não paga propina. E reitero que não vou pagar. Fecha hospital, fecha prefeitura, cassa o prefeito, mas não vou pagar propina”, disse o gestor.    

O vereador mencionado é o Dulcino Figueiredo dos Santos, Duda (PDT), que, via ofício, pediu que o Ministério Público tomasse providências quanto à situação das unidades de saúde do município. Segundo ele, a prefeitura foi notificada há um ano sobre problemas estruturais nos postos e no hospital, mas até agora não fez as adequações.    

“Fizemos a cobrança ao MPE, mediante uma notificação que recebemos da Vigilância Sanitária estadual a cerca de um ano atrás, onde a Câmara foi comunicada que o município não se adequava no que diz respeito a seus postos de saúde, nas condições de trabalho, como também no atendimento aos usuários”, disse.    

Para a secretária Municipal de Saúde, Dana Vilela Barbosa, os apontamentos da vigilância são “questões mínimas”, não houve prazo para as adequações e o município já investe prioritariamente no setor da Saúde.    

“As unidades foram fechadas por conta de questões burocráticas. Não nos dão prazos para normalizar”, disse. “A questão de estrutura física leva algum tempo. Eu mesma pedi para que pudéssemos fazer as adequações agora, mas eles querem que nos desloquemos, com os projetos, até a Vigilância Sanitária, em Goiânia.”

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