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Milhares de profissionais da educação vão às ruas da Capital denunciar arbitrariedades do governo Mauro Mendes

Milhares de profissionais da educação vão às ruas da Capital denunciar arbitrariedades do governo Mauro Mendes

Os educadores, em greve há 52 dias, manifestaram a revolta ao calote na Lei salarial LC 510/2013, ao corta o ponto dos/as trabalhadores/as, por cobrarem direitos.

Jornalista Jonas Jozino

Um grande Ato convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) levou para as ruas da capital nesta quarta-feira (17) milhares de profissionais da Educação, da rede estadual, de todo o Mato Grosso. Em passeata percorreram o Centro Político Administrativo denunciando a truculência do governo Mauro Mendes, que se nega a respeitar até mesmo a mediação proposta pelo poder legislativo para o fim da greve.

Os educadores, em greve há 52 dias, manifestaram a revolta ao calote na Lei salarial LC 510/2013, ao corta o ponto dos/as trabalhadores/as, por cobrarem direitos. Com cerca de 65% de trabalhadores em greve, apesar de terem os salários cortados, resistem. Na avaliação dos educadores o retrocesso com a suspensão da Lei, em vigor nos últimos seis anos, comprometerá muito mais a carreira e a valorização profissional, do que ficar temporariamente sem salário.

O presidente Sintep-MT, Valdeir Pereira, destacou que as práticas do governo Mauro Mendes, apesar das promessas de campanha, revelaram a que veio. "Não paga a Revisão Geral Anual, não cumpre a Constituição Estadual em seu artigo 245 (garantir o percentual da Educação nas isenções), corta salário, e retira direitos dos trabalhadores do executivo. Diante disso, nossa greve continua", reafirmou.

Ainda durante a caminhada o dirigente sindical do Sintep/MT, Henrique Lopes, parou em frente ao Tribunal de Contas do Estado, destacando a conivência do órgão com as manobras do executivo. Citou alteração contábil no Imposto de Renda Retido na Fonte, que de crédito passou para débito e elevou o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) do estado, de 47% para 58%.

Lopes denunciou também o provável desvio de finalidade dos recursos da educação, relatado pelo secretário da Casa Civil. Em audiência para tentativa de negociação com o sindicato, os dirigentes foram informados que os salários cortados de forma integral, seriam pagos parcelados porque o recurso teria sido usado no pagamento de fornecedores.

A caminhada foi finalizada na Assembleia Legislativa, onde os profissionais em greve estão desde de ontem (16.07), acampados e acompanhando as sessões plenárias. O objetivo é fazer com que os deputados tranquem a pauta e exijam do governo respeito ao poder Legislativo. Foi construída uma proposta que mesmo não sendo a ideal, configura um avanço já debatido com a categoria em Assembleia. A proposta, com base no orçamento do estado, parcelaria os 7,69% da Lei 510/2013, em três vezes até a próxima data base.

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