Polícia Civil prende em flagrante 3 executores de incêndio criminoso em Paranatinga
Data de Publicação: 29 de janeiro de 2025 11:16:00 Com essas prisões, já são sete membros identificados e presos como suspeitos de praticar extorsão contra o dono da loja incendiada e outros comerciantes da região
Raquel Teixeira | Polícia Civil-MT
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A Polícia Civil prendeu em flagrante, entre a noite de terça-feira (28.1) e a madrugada desta quarta-feira (29.1), três executores do incêndio criminoso contra uma loja de utilidades na cidade de Paranatinga. O ataque, ocorrido na madrugada de terça, atingiu também uma loja de calçados e causou perda total em ambos os estabelecimentos.
Com essas prisões, já são sete membros identificados como suspeitos de praticar extorsão contra comerciantes do município. Todos ele são suspeitos de integrarem uma facção criminosa.
Os autores diretos do incêndio criminoso foram presos durante as diligências investigativas coordenadas pela Delegacia de Paranatinga com apoio das demais unidades da Delegacia Regional de Primavera do Leste, Gerência de Operações Especiais (GOE) e Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Um dos suspeitos, M.M.S., de 19 anos, foi detido na noite de terça-feira, em uma residência, junto com sua namorada, adolescente de 16 anos. Na casa, os policiais civis apreenderam uma motocicleta, utilizada na ação criminosa, além de porções de entorpecentes e apetrechos usados no tráfico.
Outros dois suspeitos foram localizados em diferentes residências. D.M.S.P., de 20 anos, tentou resistir à prisão e quebrou um aparelho celular ao ser abordado. Ele indicou a casa onde estavam escondidas as roupas usadas pelos comparsas durante a ação criminosa. O terceiro suspeito, M.F.A.R, 22 anos, foi encontrado no bairro Teles Pires.
Roupas usadas pelos criminosos durante o incêndio
Desde o registro do incêndio, a Polícia Civil iniciou as investigações que resultaram na prisão preventiva, realizada na tarde de terça-feira, de dois suspeitos da extorsão contra a principal loja destruída pelo incêndio.
As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos no incêndio criminoso.
Extorsão contra loja
As investigações da Polícia Civil identificaram que o incêndio foi uma represália ordenada por uma facção. Dias antes do ataque, um casal, integrantes do grupo criminoso, ameaçou o dono da loja a pagar valores aos criminosos. As informações reunidas pela Polícia Civil indicaram também que diversos comerciantes da região central de Paranatinga sofreriam represálias caso não cumprissem as "ordens" da facção criminosa.
O casal envolvido nas primeiras extorsões foi preso pela polícia. Na manhã desta terça-feira, eles foram identificados como mandantes do incêndio. Ambos estavam detidos no Centro Penitenciário do município e serão transferidos para uma área de isolamento.
Nos dias seguintes a prisão do casal, outros dois suspeitos continuaram com a extorsão contra o dono da loja de utilidades. Imagens de câmeras de segurança e outros elementos informativos coletados confirmaram que um deles foi visto no interior da loja fazendo cobranças a funcionários do estabelecimento comercial. As negativas culminaram no ataque.
Com base nas informações reunidas nas ações investigativas, a Polícia Civil representou pela prisão desses dois suspeitos, que rapidamente foi deferida pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Paranatinga.
Os jovens M.S.M.N e A.OM., de 25 e 23 anos respectivamente, foram detidos durante a tarde de terça-feira pelas equipes da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf) de Primavera do Leste. Um deles tinha ainda um mandado em aberto pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) reforçou o policiamento em Paranatinga com equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), Força Tática, Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Gerência de Operações Especiais (GOE).
O titular da Sesp, secretário coronel PM César Roveri, destacou que as equipes policiais agiram rápido e deram a resposta à altura, seguindo a determinação do programa de Tolerância Zero as facções criminosas, instituído em Mato Grosso.
As investigações do incêndio na loja envolveram policiais da Delegacia de Paranatinga, além das Delegacias Regional, Municipal e de Roubos e Furtos de Primavera do Leste.

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