Secretário faz alerta sobre flexibilização: parece que não existe pandemia
Data de Publicação: 11 de maio de 2020 15:26:00 Gilberto Figueiredo critica comportamento da população e afirma que daqui a pouco será necessário escolher quem será atendido ou não
ANDRÉIA FONTES / REPÓRTER MT
Assessoria/Arquivo |
Secretário afirma que flexibilização das atividades econômicas, que ocorreu em todo o Estado, precisa ser olhada 'um pouco diferente' |
Secretário de Estado de Saúde critica comportamento da população em relação ao relaxamento do isolamento social, afirmando que aqueles que agora negligenciam vão um dia precisar de um respirador e talvez não tenha mais disponível. O apelo do secretário sobre o comportamento social diante da pandemia tem sido cada vez mais forte conforme aumentam os casos confirmados e os óbitos em Mato Grosso. Na manhã desta segunda-feira (11), ao anunciar a confirmação do 19º óbito por covid-19 no Estado, ele classificou o comportamento da população como “péssimo”. E enfatizou que a flexibilização das atividades econômicas, que ocorreu em todo o Estado, precisa ser olhada “um pouco diferente” a partir de agora.
“Tem até médico gravando vídeo falando que a pandemia é mentira. Não sei se é mentira quase mil óbitos no país só no final de semana. Não sei se é mentira as imagens de cemitérios fazendo covas em escala e com dificuldades até em realizar funerais. Não sei se pode ser fixação os números de casos e óbitos que começam a crescer em Mato Grosso. Então para você que é sético, que acredita que tudo é uma mentira, cuidado, você pode estar colocando a sua vida em risco e de todos os que convivem com você”.
O secretário afirma que além da flexibilização, que amplia a circulação das pessoas, ainda há o problema da falta de adoção das medidas necessárias, como da etiqueta respiratória, da higienização constante das mãos, do uso da máscara e das aglomerações. “Infelizmente, o que se nota aí fora é que não existe pandemia. Mais de 50% da população está se locomovendo como se não tivesse pandemia. Isso vai fazer crescer os números, aumentar o número de internações, e daqui a pouco vamos ter que escolher que vai ser atendido ou não”.
Figueiredo fez uma crítica direta a moradores de condomínios, afirmando que as pessoas que moram nestes locais “acham que tem proteção especial”. “E eu moro num deles e vejo as poucos pouco preocupadas, sem máscaras. E enfatizo que a situação pior ainda não chegou”.
Por fim, o secretário destaca que o enfrentamento à pandemia precisa do apoio dos governos mas, principalmente, do apoio de toda a população.
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