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Estudante de medicina da UFMT é acusado de dopar e estuprar mulher em Cuiabá

Estudante de medicina da UFMT é acusado de dopar e estuprar mulher em Cuiabá

Data de Publicação: 5 de fevereiro de 2020 13:47:00 O desabafo da vítima na rede social também deu força para que outras pessoas contassem suas histórias

Wesley Santiago
Olhar Direto

Rogério Florentino/Olhar Direto

Uma mulher acusa um aluno de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) por tê-la estuprado enquanto ela estava inconsciente. O relato foi feito através do Twitter da garota, gerando repercussão e revolta na rede social. Outras jovens, sabendo da situação, também resolveram contar sobre os abusos que também teriam sofrido.

“Resolvi expor uma pessoa que me fez muito mal e eu nunca tive coragem de falar, mas com o apoio das minhas amigas, aqui estou eu: fui estuprada por um estudante de medicina da UFMT”, disse a vítima no primeiro post feito na rede social.

Em seguida, ela contou que tudo aconteceu em um dia que brigou com a mãe e resolveu sair de casa. “Parei em um lugar desconhecido para carregar o celular. Ele me mandou mensagem perguntando como eu estava e se mostrou preocupado. Disse que queria me ver, nisso mandei a localização e ele foi até mim. Ele chegou eu estava chorando muito, estava nervosa e entrei dentro do carro dele”.

A moça ainda relata que o universitário teria dado a ela um remédio, que seria para acalmá-la. Ela disse então que tomaria o medicamento apenas quando estivesse na casa da amiga, mas o rapaz insistiu para que ela ingerisse de imediato, dizendo que demoraria a fazer efeito.

“Eu tomei o remédio e fiquei meio grogue. Depois, tentei conversar e ele começou a passar minha mão no pénis. Estava dirigindo já e eu percebi que mudou a rota e no final me levou pra um motel. Meu celular já tinha descarregado, porque eu tinha carregado pouco. Pedi para usar meu Instagram no celular dele, loguei para falar com minhas amigas e ele mandou foto do pênis dele pra algumas meninas, depois começou a falar como se fosse eu”, continua a vítima em seu depoimento na rede social.

Uma das amigas teria bloqueado a estudante, achando que ela mesma teria mandado as fotos. “Fui para a casa de um amigo. No outro dia fui tomar banho e achei camisinha e maconha dentro da minha vagina. Tiveram outros detalhes que eu prefiro não falar e, resumindo, foi isso. Fui violentada quando estava psicologicamente e fisicamente vulnerável”.

Revoltados, diversos usuários da rede social começaram a mandar mensagens de apoio para a vítima e abarrotaram o perfil do universitário no Instagram, que resolveu suspender sua conta. Até o momento, ele ainda não se pronunciou.

Alguns usuários da rede social perguntaram porque a garota decidiu expor o caso no Twitter e não procurou a Justiça. Em resposta, ela disse que “infelizmente as coisas são bem mais complicadas do que você imagina, o que me faz pensar que um exposed aqui tem muito mais eficácia do que a própria Justiça”.

O desabafo da vítima na rede social também deu força para que outras pessoas contassem suas histórias. Uma delas disse também ter sido assediada por um estudante de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). “Já tinha dito que não queria ficar com ele e ele simplesmente grudou no meu pescoço, me forçando a beijá-lo, se não fosse pela minha amiga me tirar, eu não teria conseguido sair”.

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