Dois enfermeiros do Adauto Botelho estão contaminados; há outros 2 casos suspeitos
Data de Publicação: 1 de abril de 2020 15:03:00 Presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde teme que a unidade seja o epicentro da contaminação profissionais que combatem o coronavírus em MT.
RAUL BRADOCK / REPÓRTER MT
RepórterMT/Reprodução |
Unidade 3 do Adalto Botelho pode se tornar o 'epicentro' de infecção de profissionais da Saúde. |
Dois servidores da Saúde Pública, que atuam na Unidade 3 do Centro Integrado de Assistência Psicossocial Adauto Botelho (Ciaps) estão contaminados pelo novo coronavírus e mais dois com suspeita da doença. A informação é do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado de Mato Grosso (Sisma), Oscarlino Alves.
O primeiro caso confirmado foi de um enfermeiro, que está no grupo de risco da doença, por ter mais de 60 anos e ser hipertenso. Ele está internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A esposa deste profissional também apresentou os sintomas e, em terceiro, uma segunda enfermeira da mesma unidade de saúde. Segundo o presidente, além desses três casos “confirmados”, mais dois servidores da mesma unidade apresentaram os sintomas e terão o histórico levantado pelo sindicato nesta quarta-feira (1º).
Para Oscarlino, a unidade em questão pode se tornar o epicentro da contaminação dos profissionais de saúde no Estado. Ele critica que até o surgimento do primeiro caso, não havia uma normatização de como proceder em caso de profissional infectado.
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Oscarlino pede disponibilização de EPI's, liberação de profissionais do grupo de risco e normatização de procedimentos adotados pela SES no combate à pandemia. |
“Só foi adotada a normatização após o caso e dizendo que os trabalhadores precisavam permanecer 7 dias em observação, mas trabalhando. Não foram afastados. Emitiram um documento frágil, quando deveriam ter tomado medidas mais contundentes. Quem participou do plantão, antes dele tombar, a recomendação das autoridades sanitárias é isolamento por 14 dias. Deixaram o pessoal na unidade, ao invés de afastar e agora a gente está vendo os reflexos”, disse Oscarlino.
O presidente explicou que o sindicato tem três frentes de trabalho para resguardar os profissionais que estão diretamente ligados ao combate à pandemia mundial: aquisição e disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), a liberação de profissionais que fazem parte do grupo de risco (pessoas com doenças crônicas degenerativas, com doenças autoimunes, idosos com mais de 60 anos, gestantes e lactantes), além da normatização de procedimentos por parte da SES.
“Faltam normatizações quanto ao horário e procedimentos a serem adotados, como em caso de um profissional infectado”, comentou Oscarlino.
O último balanço do governo, na tarde de terça-feira (31), aponta 25 casos confirmados de Covid-19 em Mato Grosso, 18 deles só em Cuiabá.
Cuiabá é a cidade com o maior número de casos (18). Dado representa 72% dos infectados de todo Estado de Mato de Mato Grosso.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde e aguarda o posicionamento ofiical sobre os casos.
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