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Secretário: Situação é grave, gravíssima e deve piorar nos próximos dias

Secretário: Situação é grave, gravíssima e deve piorar nos próximos dias

Data de Publicação: 24 de junho de 2020 13:15:00 Gilberto Figueiredo aponta ocupação de 87% dos leitos públicos de UTI e 97% na rede particular, dificuldade para comprar medicamentos e a gravidade em que as pessoas chegam aos hospitais

RAFAEL MACHADO / REPÓRTER MT

RepórterMT

O secretário alertou que na tarde de ontem havia apenas 31 leitos de UTIs covid disponíveis no Estado

 

Com a lotação quase máxima das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivas para tratamento dos pacientes com covid-19 (novo coronavírus), o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, cobrou que os Municípios melhorem o atendimento na rede primária às pessoas com suspeitas da doença, porque muitos estão chegando às unidades de referência em estado muito grave, o que colabora para o colapso no sistema.

Em live nesta quarta-feira (24), Figueiredo comentou que os pacientes não estão encontrando receptividade necessária que deveriam ter no primeiro atendimento.

“A situação está se agravando e a demanda pelos hospitais de referência para pacientes mais graves está aumentado muito e aquilo que era para ser o último suspiro, última etapa no atendimento, está se transformando no primeiro, o que não é o correto. É preciso mais uma vez chamar a atenção para intensificação da melhoria no atendimento na rede primária, no primeiro atendimento, na porta de entrada do paciente suspeito ou confirmado de covid para que ele receba o atendimento inicial para abrandar os sintomas, procurar a cura mais antecipada e evitar a necessidade de um leito de UTI”, disse. 

Ele divulgou que em Mato Grosso há 241 pacientes em leitos de enfermaria, sendo 67 internados em hospitais privados e 162 em leitos públicos e 12 em leitos de hospitais filantrópicos. 

Há mais 221 pacientes em leitos de UTI, desses 44 em leitos de UTI em hospitais privados, 160 em leitos de UTI da rede pública e 17 em hospitais filantrópicos. 

O secretário ainda contou que na rede privada a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 97%. 

“O que nos chama muito a atenção é que nós já chegamos a 87,1% de taxa de ocupação de leitos de UTI. Na final da tarde ontem nós tínhamos apenas 31 leitos ainda disponíveis e nós temos 615 leitos de enfermaria disponíveis”, acrescentou. 

Ele ainda comentou que o Governo do Estado está numa força-tarefa para tentar ampliar o número de leitos de UTI, no entanto, ressaltou que existem condicionantes para isso ocorra de forma célere.  

O secretário ainda pontuou que começa a faltar no país medicamentos utilizados nas UTIs. 

“O Ministério da Saúde está numa força-tarefa gigantesca, secretários estaduais estão tentando de todas os jeitos suprir os hospitais e medicamentos básicos para fazer a sedação do paciente, anestésicos para que os pacientes possam resistir, então nós temos que fazer o nosso esforço neste momento, não dá para continuar apostando que a situação não fosse ser grave, ela já é grave, gravíssima, e deve piorar nos próximos dias”, disse. 

“Por isso, estou gastando tempo nesse momento para tentar convencer você que ainda não acredita que a rede hospitalar, que a capacidade assistencial do SUS nesse momento está colapsada, sem perspectiva de curtíssimo prazo para que ela possa melhorar e ter leitos disponíveis para toda a população”, complementou.

 

 

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