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Prefeitura alerta sobre doença contagiosa em Cuiabá

Prefeitura alerta sobre doença contagiosa em Cuiabá

A transmissão se dá através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, alimentos e objetos contaminados.

DA REDAÇÃO /RepórterMT
 

RepórterMT/Reprodução.

Síndrome da Mão, Pé e Boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde – CIEVS, chama a atenção da população para uma nova doença que surgiu no Brasil recentemente: a Síndrome da Mão, Pé e Boca (SMPB). Em Cuiabá foram notificados 40 casos da doença em abril de 2018 e neste ano, até dia 06 de abril, foram notificados 18 casos.

De acordo com Moema Blatt, gestora do CIEVS, a Síndrome da Mão, Pé e Boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie, que habita normalmente no sistema digestivo. A síndrome tem esse nome porque que acarreta lesões nas mãos, pés e boca, inclusive garganta e faringe.

Nos últimos anos foram registrados surtos dessa síndrome em vários países, como Japão, Malásia, Cingapura, China, entre outros. Este ano já foram registrados no Brasil surtos na Bahia, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, mas sabe-se que está ocorrendo em todo o território nacional, especialmente em menores de 5 anos.

Moema explica que a transmissão se dá através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, alimentos e objetos contaminados. “Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. O período de incubação oscila entre um e sete dias. Na maioria dos casos, os sintomas podem ser confundidos com os do resfriado comum e também da catapora”, revela.

Segundo a gerente de Vigilância em Doenças e Agravos Transmissíveis, Flávia Guimarães, são sinais característicos da síndrome a febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões, o aparecimento de manchas vermelhas na boca, amídalas e faringe, que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas, pequenas bolhas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, sendo que também podem surgir nas nádegas e região genital. Além disso, há mal-estar, falta de apetite, vômitos, diarréia, dificuldade para engolir e muita salivação. É comum que a febre e a dor de garganta sejam os sintomas predominantes. “O tratamento da doença consiste em aliviar os sintomas, manter a hidratação, isolamento social e seguir orientação médica. Ainda não existem vacina nem tratamento específicos contra a SMPB”, diz Flávia.

Recomendações:  

-Alimentos pastosos, como purês, mingaus, gelatina, sorvete, e as bebidas geladas como sucos naturais, chás e água são mais fáceis de engolir e mantém a boa hidratação do organismo;  

-Evitar, na medida do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar) e lavar as mãos antes e depois de lidar com o doente e após usar o banheiro;  

-Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;

-Manter um nível adequado de higienização da casa e demais ambientes coletivos;

-Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos e lavar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos doentes com água e sabão e, após o uso, desinfetar com solução de 1 colher de sopa de água sanitária diluída em 4 copos de água limpa;  

-Afastar as pessoas doentes da escola ou do trabalho até o desaparecimento dos sintomas (geralmente 5 a 7 dias após início dos sintomas);  

-Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas.

Os casos suspeitos podem ser notificados pelos telefones:

(65) 3617-1485 ou 9 9206-8618 (plantão 24h)

(65) 3617-1685 ou 9 9247-4536 (plantão 24h).

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